sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Estranho sentir


A vida é ingratidão
Cria laços no coração
Dá memória, solicitude
Coroa nova e livre atitude
Alimenta onda delirante,
Como vista de mirante
Brota sonho, letargia,
Iluminuras, integrante
Na raiz do meu ser
Factos para padecer
São alusões que retenho
Que na razão contenho

Estranho sentir por ti
Na frenética, forte ilusão
Que no espírito construí
Com enlaces de afeição
Estranho e doce sentimento
Que baralha pensamento
Corrompendo todo o ser
Que não busco esclarecer

Me azougo neste sentir
Por não te poder omitir.


05/02/2010
Karl d’Jo Menestrel

2 comentários:

Nanda Assis disse...

lindissimo, estranha a vida, devemos sentir somente sentir.

bjossss...

Paula Barros disse...

Tem momentos que me sinto assim. Sentindo um sentir que não explico. Sentindo um sentir que não entendo. Tendo até medo de sentir.

Mas quando penso que o sentir dá asas a imaginação, que cria poemas assim, que nos tira da realidade e nos coloca em mundo de sonhos....então também me deixo sentir.


um forte abraço