sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Rosas Minhas


De uma Rosa terna, calorosa,
Brotaram da Rosa botões
Que mostram ser lindos, formosos,
Numa qualquer das versões,
E acertadas no amor
Foram tratadas para sentirem,
Magia e exalarem paixão,
E na criada afeição possuírem,
Muito afecto, compreensão,
Para ornamentar meu coração

Brotaram delas rebentos
Mimos que não dispenso,
Dão provas de sentimentos
De incutido amor imenso,
São novas Rosas no estar,
São venturas de bem-querer
São flores de sempre amar,
São felicidades a não perder,
São as dádivas do amor,
Concorrem na igualdade
Suas pétalas um primor
Na exuberante amizade,

São parte do meu cordão
Uma Carla outra João,
Ambas de nome Maria
Que de antemão me dão,
Crescente e forte alegria.

29/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pedrinhas




Quando pequenote atirava pedrinhas ao rio,
Extasiava, entrava em delírio,
Eram pedras pequeninas, coloridas,
Mais redondas, quadradas ou compridas
Que na água saltavam e ressaltavam,
Num movimento a fazer lembrar trampolim,
Terminada a energia… paravam se afundavam,
Já me acompanhava o sonho ao vê-las saltar assim,
Livres, alegres, garridas, com multi-formas de antemão,
Mais leves, mais pesadas, já as sentia então.

Junto pedrinhas para ter um muro forte,
Que me sustente o ser, pois ainda quero colher,
Os belos frutos, de saudável fraternidade,
Pois já tenho passaporte com o carimbo da sorte,
Para livremente saltar e como pedrinha percorrer,
Novos caminhos abertos na minha livre vontade.

Agora o muro é sonho, a pedrinha amizade,
Os sonhos os tenho no ar, a amizade na mão,
Já não atiro as pedrinhas, pois as tenho no coração.
Perder uma só pedrinha já seria crueldade
Era como rebentar balão do sonho ou d’ilusão.


26/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

domingo, 24 de janeiro de 2010

Destino




Será que, já não crio objectivos?
Será que, já não crio sonhos?
Será que, só crio ilusões?

Existem momentos, em que estou fora do jogo,
Logo existe mão divina, que baralha e dá as cartas novamente,
Quero sair da mesa, mas dou conta que o jogo não pára.
É constante o rodar da vida e assim será eternamente.
Já não persigo objectivos, frequento antes desafios,
Me desafiam… Me desafio a mim próprio perseguindo sonho
Por vezes na ilusão, construo estradas e caminhos
Que criam objectivos, que já não quero… Pois não são meus.
Já não me iludo, mas continuo sonhando no que quero.
Sofro de arrebates, a vida me encanta, o palpitar de gente seduz
Esse caminho percorro, persigo como a luz que me entra na janela
Sem pedir licença a gente, se instala e cativa.
Já não corro, ando… Por isso objectivos... Não.

Crio sonhos, que embalo na ilusão…
Tenho elos no coração…
Sinto sentimentos, emoção…
Em que embarca agitação.

Objectivos têm data, imposição,
Que trazem gente amarrada
Coisa danada, obrigada.
Mas a final objectivos tenho...
Só que sem data marcada.


24/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ilusão perene



Dependurado na falésia
Olhando a lonjura de mar
Ventura me impele no atirar

Ir para bem longe…
Deste sítio quero voar
Quero asas como adorno
Para te conseguir beijar
Quero esvoaçar, saltar, gritar
O que sinto em mim aqui
A onda que a perturbar anda
No simples desvario a senti

Olho rochas, o mar revolto
Espumas se elevando
Das ondas que vão quebrando
A vida o amor amando
Em vagas o teu chamar impele
Um tremor por toda a pele
As espumas que me já beijam
Momentos de afeições contêm
Dilaceram o meu corpo
Como rasgos na falésia
Em que estou dependurado.

23/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Apontamento.




Deambulando ao sabor do vento

Descubro as sensações que cedes
Como rabiscos em pura tela
Tento entender tudo o que dás
Desatino num desvario que apraz
Abriste, me convidas para janela
No envolvimento tu me recebes

Desenraízo causa no inalcançável
Me colapso nos sentidos da razão
Neste destempero encontro sensação
De doce desatino, no imaginável

Pintas as telas em cor quente
Tudo tintureiras em teu redor
Utilizas palete de tintas fortes
Saracoteias em tuas emoções
Utilizas, os sonhos, as ilusões

Tiro apontamento em meu requebro
Do imaginário das minhas fantasias
O vento, o mar, a luz me chama
Levo-me em caminhos e veredas
Subo colinas, palmilho vales
Sinto que o vento afaga a face
Me alucino, pensando em sopros teus

21/01/2010
Karl d’Jo Menestrel - Ilusões

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Rosa de Paixão



De desnorteado, perdido
Atinei na vereda que queria
Encontrei o meu sentido
Fiquei sabendo para onde ia

Numa mocinha trigueira
Encontro mulher verdadeira
Que me enche de ternura,
Amor, fascínio e doçura
Nunca criamos rotura
Mesmo que se encontre fissura
Nos damos de coração
Sem entrar na confusão.

Com olhos de encantar
Teu sentido é tão selecto
Sem deixares de caminhar
M’assistes no trilho certo

Colocámos mão na mão
Promessas então fizemos
Nem nos sonhos ou na razão
Não quebrámos ou desfizemos

És minha Rosa de paixão
Me acompanhas nos sonhos
E na activa e forte união
Me dás teus olhos risonhos

Desabrochando pétalas de amores,
Me destes as mais lindas flores

20/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Marujo da Alma


Respondendo ao Comentário de Paula Barros em Brocados d’Alma

Ao escrever, me liberto de um todo e não de uma parte,
O tempo passa, me relaxa numa agradável sensação.
Crio e recrio, fantasias, quimeras e sonhos.
Me revivo no que escrevo, me arrumo na emoção
Me coloco no impossível, imponderável,
Inalcançável, em meu mundo de ilusão
Navego ao sabor da escrita, qual marujo emocionado,
Ouvindo sereia cantar no meu imaginável mar
Brota escrita, palavras, enredos em lunática paixão
A Sinto a entendo como fosse real, a fuga dum sentimento.
A Alforria do pensar assim a ganho da opinada razão.


18/01/2010
Karl d’Jo Menestrel 

domingo, 17 de janeiro de 2010

Brocados d’Alma



Mentir a nossa alma
É criar buracos no coração
É apagar a luz, a calma
E retirar de nós a emoção
É criar sentimento nefasto
É esmorecer o nosso ser
Medrando nas palavras me agasto
Assim por vezes nem posso querer
Que neste meu simples escrever
Minha alma tem brocados
Que não consigo esquecer

São pensamentos baralhados
São imponderáveis pareceres
São neurónios já cruzados
São versos não trabalhados
São encantos doutros seres

No limite da emoção
A poesia se articula
Criando devastação
Vertendo palavra ridícula

Sem prós, contras ou calma
Fechando brocados d’alma

Numa ardente alienação
Que acalma o Coração

16/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Madrigais



Para encantadora amiga,
Criadora de sonhos e ilusões, em fecunda fantasia. em Pensamentos, Fotos e Devaneios.



Paula,


Nos madrigais, sinto o perfume
Que emanas em teus jeitinhos
Sem utilizar foice ou gume
Graciosos os teus carinhos

Sentido poético, pensador
Criadora do sonho, da ilusão
Em teu sentimento está ardor
Sem paralelo de antemão

Perco a rima do meu verso
Quando teus escritos leio
Nas palavras me disperso
Nos escritos me caldeio

Neste requebro com ternura
Me venço, iludo e componho
Como trata-se de sonho
Aceite esta minha diabrura

Envolvida na fragrância das açucenas
Assim de longe me acenas.

O sentido poético da vida, se tira no sonho e na ilusão.

11/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

domingo, 10 de janeiro de 2010

Aniversário....


Mais um ano se passou
Nova etapa começou

Por quanto tempo mais
Somamos anos aos anais
Que sempre revivemos,
Nas velhas e novas amizades
Nos simples e bons momentos
Por vezes nalguns tormentos

Na plantação da vida
Surge a Primavera
Onde tudo é uma quimera
No Verão se vive agitação
Se inicia transição
Com o Outono a chegar
Um tempo de tudo arrumar
O Inverno se divisa
Não o queremos por perto
Que fique bem longe
Na imensidão do deserto

Aos amigos forte abraço
Que nunca se desfaça o laço
Tenho a todos sem excepção
Uma colossal gratidão

A vida é feita para viver
Brindemos assim à vida
Mais ao nosso querer.

Hoje coloco mesa, faço a festa e pago as despesas… se sintam convidados.

Viver é fácil… difícil mesmo é saber viver (???)
Os meus anais (crónicas) foram escritos, por todas as amizades obtidas na passagem do tempo. O regozijo é sempre meu, quando os revivo.


10/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

sábado, 9 de janeiro de 2010

Afeição


É o que sinto por ti…
E de mão na mão
Contigo eu aprendi
Sem criar alguma ilusão
A colher singelas flores
Raiadas de mil cores

O carinho, ternura, afeição
Que é tua sentida entrega
Que vivem da eleição
Que o sentimento carrega
Convivem no meu coração

Palavra como anjo alado
Não sei bem como explicar
Sou todo um afortunado
Pela sensibilidade do acariciar
Que a sentença me deixa
Na liberdade do sentimento
Sem qualquer uma queixa
Demais sem rejeição acrescento

Que assim me sinto feliz
Nos afectos que me dás
Nada em mim se contradiz
E para sempre perdurarás
Na imaginação como uma flor
Com pétalas multi-cor

"A grandeza da afeição pode medir-se pela grandeza das ilusões: tão natural é achar perfeitos aqueles que amamos." ???

09/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Flores encantadas



Flores, encontro nos meus espaços
Dou flores, me devolvem sorrisos
Viajo por jardins encantados
Cheios de cores e raros perfumes
Qual zangão cativado, procurando
Pólen de amizades que sempre
Perduram pelo encantamento

Vejo flores ao longo do caminho,
Me parece sempre ser primavera,
Algumas flores ficam comigo,
São flores diferentes carinhosas
De ternuras mais que afectuosas,
Flores que qualquer jardineiro
Gostaria de ter em sua leira

Flores brilhantes me visitam
Me enchem de emoção,
São mentes, são traços de luz,
Dão feitiço em meu sonhar,
Mesmo que uma flor um dia murche,
Perdurará a eterna recordação
De uma amizade em comunhão

Mas meu jardim tem encantos tais,
Tem sonho, tem ilusão,
Em harmonias reais e irreais
Tem janelas no coração

Eu dou flores, recebo flores
Num contentamento de viver.

Essas flores belas perfumam nossa existência e nos fazem ver que não estamos sozinhos. Se amigos são flores que duram um ano ou um dia não faz diferença, porque o importante é as marcas que deixam nas nossas vidas. São as horas compartilhadas, horas de carinho, horas de amor e cuidado.
“ Letícia Thompson”

08/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Palavras




As palavras que me dás são minhas
Não as dou, nem as devolvo
As guardo de recordação,

Como simples e belas flores
Fazem parte da emoção,
Com todas as brilhantes cores
As guardo no Coração,

Tão belas, tão singelas
Em escrita de sedução,
A tua imagem vem nelas,
Como estrofes de canção,

Teu encanto não é momento
Nem sonho, é realidade,
É luz sem ser tormento,
És ternura em quantidade,

As palavras são sentimento

Nas palavras que me dás
Alegria, contentamento
Por vezes algum tormento


07/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Enlace



Nos encontrámos
Nos enlaçámos
Qual Colombina
Qual Arlequim

Nossos momentos criados
Sobre encontros enamorados
Juntemos eterna paixão

Que viva no sonho a ilusão
Que se abra a ilustração

Que não se feche
O pano do palco,
Nem as luzes do cenário
Nem teu sorriso desenhado

Pois quando sorris
Num momento se faz
Um feitiço,
Que me torna feliz

Só contigo
Eu consigo
Entender o amor.

06/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dança?



Hoje me apetece dançar
Sentir-te em meus braços
Tua cabeça em meu ombro
Num pé de dança bem curto

Sentir teu corpo
Sentir teu regaço
Sentir teu leve arfar

E crio a ilusão
Que te volteias
Me volteio
Cruzamos pernas
Entrelaçamos braços
Nos damos de mãos

Teus olhos seguem os meus
Num rodopio continuo
Seguimos os sons,
Não sei se sigo teus passos
Se tu segues os meus…
No sortilégio da dança
Te juntas, te dás, me envolves
Me enlaças em promessas
De outra dança dançar

Como eu te sinto em meus braços
Nesta dança já dançada
Sem música, sem embaraços
Como eu te sinto enlaçada


04/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

domingo, 3 de janeiro de 2010

Pontos Cardeais




Me vejo a Norte
Sem a ínfima sorte
Ansiando sair por Sudoeste
Para me recrear em Nordeste
Nem num pequeno bote
Num sonho que de mim brote
Consigo sair do ponto
Mesmo ansiando encontro
Tão preso estou aqui
Numa roda que não parti

Mas um dia paro a roda
Me deixo perder no tempo
Agarro e levo a corda
E com caldeirão por medida
Solto as amarras da vida

Sem tempo de compensar
Me deixa sempre no ponto
Que não tem cais de amarrar
Existe sempre um desencontro
Que ofusca sonho de embarcar

Louca fuga, vã ilusão
De outros lugares buscar
Mas sinto forte paixão
De um dia vir ancorar

Por muito querer o passeio
Com ou sem bússola desnorteio

A minha linha é recta, mas ziguezagueando sobre a mesma eu… vou vivenciando.

03/01/2009
Karl d’Jo Menestrel

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Cacos



Cacos das fragrâncias de um tempo
São os que tenho nas mãos
São cacos meus e teus
De coisas que arrolamos
De pertences esquecidos
São cacos de nossas vidas
Coisas já passadas, não ignoradas
São lembranças, fragmentos vividos
Ilusões e Sonhos sofridos

Tento juntar alguns,
Numa recordação suprema
Uma lembrança, um tema
Encontro frustração por omissão
Procuro, nos cacos memória
Em resoluta existência me percorro
Procuro recordação do caso
Me ficam os cacos sem cor
Alegria, satisfação

Os cacos, são meus
Pertencem ao meu tempo
Lembranças que joguei fora
Não vale nada junta-los
Não se encaixam na memória
Deixemos assim os cacos
Que já viveram glória.

Novo Ano,
Volta a renovada esperança
Novos sonhos, nova vida
Se perdura o pensamento
Numa ilusão querida.

Há, os cacos!
Fazem parte do meu castelo.

O tempo nos corrige. Gritar que erramos nada vale. Nossos erros serão os eternos mestres.

01/01/2010
Karl d’Jo Menestrel