sábado, 23 de janeiro de 2010

Ilusão perene



Dependurado na falésia
Olhando a lonjura de mar
Ventura me impele no atirar

Ir para bem longe…
Deste sítio quero voar
Quero asas como adorno
Para te conseguir beijar
Quero esvoaçar, saltar, gritar
O que sinto em mim aqui
A onda que a perturbar anda
No simples desvario a senti

Olho rochas, o mar revolto
Espumas se elevando
Das ondas que vão quebrando
A vida o amor amando
Em vagas o teu chamar impele
Um tremor por toda a pele
As espumas que me já beijam
Momentos de afeições contêm
Dilaceram o meu corpo
Como rasgos na falésia
Em que estou dependurado.

23/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

1 comentários:

Paula Barros disse...

Forte, rasga a emoção.
Bonito, emociona a emoção.

Devia ter um decreto para que toda a afeição fosse expressa, todo carinho fosse ofertado, todo desejo de amor fosse saciado...

Que as ilusões e fantasias fossem apenas estímulos para o bem viver.

abraços