Pintura a óleo por Francisco Charneca – Reflexo de um olhar
Sem nada para dizer, sem nada procurar
Um pouco ou nada sei escrever
Do muito ou pouco, um desdizer
Não atino em verbos de algo para alunar
Nada ajuda pensar, delinear nem Morfeu
Quiçá em razão me venha arrepender,
De em reflexão colocar pena a correr,
Em opinião habilidade falhada de Orfeu
Tu me pintas, rabiscas com palavras de enlevo
Incitas, recortas, cortas com elevada paixão
E sonho, disfarço, devaneio, em loucura me atrevo
No afecto, despertas encantamento, fascinação.
Demando nova fantasia em cinco folhas de trevo,
Encontro num contar, animar… elevada doação.
Em hipnose mutação, me regenero, encontro novo saber e sabores… vivo.
30/11/2009
Karl d’Jo Menestrel