segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Via soberana



Lírio do campo Alentejano

Somos dois lírios nos ermos
Meditando em nossos seres
Mas somos nós sem pareceres
Procurando os nossos termos

Tropeçando, mas não enfermos
Empolgando próprios viveres
Em jornadas de nossos quereres
Na mutação sem antevermos

Renovadas primaveras temos
Nunca se ouvirá um gemido
Buscando a existência agarremos

E toda a nossa vida fará sentido
Envolvidos no júbilo exultemos
No recordar momento… já vivido.

Se não encontro logo o caminho, não me desiludo, pois sei que continuarei a procurar, não na teimosia, mas reconhecendo que me engano.

07/12/2009
Karl d’Jo Menestrel

3 comentários:

Nanda Assis disse...

que lindo amei amei demais.

bjosss...



Paula Barros disse...

Nossa! um blog assim temos muitos a observar, a comentar, a sentir.

Primeiro adorei o detalhe do boné de Papai Noel no nome do blog. rsrss

Depois fico extasiada com o Lírio. Além de lindo em saber que é do campo Alentejano.

O poema que é lindo e tem muito que me toca, vou reler.

E por último a frase. Sábios, e só os sábios, reconhecem que se enganam e sabem procurar outros caminhos, e até a criá-los e recriá-los.

Uma frase que me fez pensar nessa trajetória chamada vida.

E volto...

beijo

Paula Barros disse...

"Somos dois lírios nos ermos
Meditando em nossos seres"

"E toda a nossa vida fará sentido"


O meditar, o refletir, o se olhar, faz com que se busque encontrar sentido para o viver. Tanto nos encontros como nos desencontro...e então a sua frase final fecha de novo esse pensar.

abraços fraternos