quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Chuva da noite


(quadras desafiantes, sem apreço pela métrica)

Pingas fortes vão caindo
Oiço-as na rua rolar
Das janelas descaindo
Para no chão terminar

Nas calçadas já lavadas
Vão enchendo a ribeira
Caem como entrelaçadas
Caem sem eira nem beira

Como dique em pensamento
Dou por mim a sonhar
Um sonho lindo alento
Que não custa imaginar

Está a lareira brilhante
A madeira abrasando
Numa vontade constante
Vem daí, vem caminhando

Abre as comportas da vida
Coloca sorriso de encanto
Veste-te com saia garrida
Correndo pró meu recanto

Visita-me com devaneio
Com ânimo, sofreguidão
Aleitando pecado alheio
Nesta frenética ilusão

A chuva que vai caindo
Nossa companheira será
Neste amar intuindo
Que não mais acabará

Traz o amor, o alento
Vem viver este momento…

25/11/2009
Karl d’Jo Menestrel

1 comentários:

Paula Barros disse...

Aqui agora faz sol
Mas consigo com seus versos
Imaginar a chuva a cair


Aqui agora faz calor
Mas consigo com os seus versos
Sentir a força do amor

Que nos seus versos
Se derramam, feito um encanto
Me trazendo um canto


abraços fraternos.

Estou adorando esse cantinho.