sábado, 14 de novembro de 2009

Janela da Ilusão


Abro a Janela, te vejo desnuda
No outro lado da Rua do meu desejo
Vejo teu corpo cintilando
Da luz das velas na penumbra
Sinto teu cheiro, afago teus cabelos lisos
Te envolvo em pensamentos discretos
Vibro com o desejo do teu arfar
Do enlaçar das mãos, dos braços, do corpo
A luz trémula me envolve na noite
O Luar nos envolve como amantes
Da vida, do sentir, do desejo….

Abro a Janela e vejo teu corpo
Crio a aréola da fantasia
No enlaçar rodopiado, qual harpa
Vibrando em meus dedos dedilhando
Nas cordas do teu corpo, eu sinto…
O teu tremor com olhos de mel
Em ternura sobre o meu

No outro lado da Rua, te ocultas
No cetim de teus lençóis
A vela se apaga…
Já te não vejo, já te não sinto
No ténue vislumbre da noite,
Fecho a Janela da ilusão

14/11/2009
Karl d’Jo Menestrel

1 comentários:

Paula Barros disse...

Janelas que nos fazem sonhar. E assim ter contato com o melhor de nós, em sonhos, fantasias e ilusões.

Li no poema, o desejo envolto em carinho, li a cumplicidade.

Um poema elegante, com a sensualidade na medida perfeita que deixa o leitor a complementar a cena.

Continue a nos encantar e envolver com seus poemas.

beijos fraternos.