terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pedrinhas




Quando pequenote atirava pedrinhas ao rio,
Extasiava, entrava em delírio,
Eram pedras pequeninas, coloridas,
Mais redondas, quadradas ou compridas
Que na água saltavam e ressaltavam,
Num movimento a fazer lembrar trampolim,
Terminada a energia… paravam se afundavam,
Já me acompanhava o sonho ao vê-las saltar assim,
Livres, alegres, garridas, com multi-formas de antemão,
Mais leves, mais pesadas, já as sentia então.

Junto pedrinhas para ter um muro forte,
Que me sustente o ser, pois ainda quero colher,
Os belos frutos, de saudável fraternidade,
Pois já tenho passaporte com o carimbo da sorte,
Para livremente saltar e como pedrinha percorrer,
Novos caminhos abertos na minha livre vontade.

Agora o muro é sonho, a pedrinha amizade,
Os sonhos os tenho no ar, a amizade na mão,
Já não atiro as pedrinhas, pois as tenho no coração.
Perder uma só pedrinha já seria crueldade
Era como rebentar balão do sonho ou d’ilusão.


26/01/2010
Karl d’Jo Menestrel

1 comentários:

Paula Barros disse...

Olá, colecionador de pedrinhas
Que sabe deixá-las pelo caminho
Para os amigos não se perderem
E constrói belas estradas
Coloridas de amizade.

Especialmente adorei essa frase:
"Pois já tenho passaporte com o carimbo da sorte"

beijo